sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

LETTER: From Me to Myself!

Tive uma vontade tremenda de te escrever esta carta, dizer algumas coisas que não sei se farão diferença, mas que gostaria de dizer.
Queria muito pedir desculpas. Desculpas pelo tormento que te causo, por não te aceitar. Não sei dizer se te amo, mas vc sempre fez e fará parte da minha vida por isso... me perdoe.
Me perdoe por não te respeitar, não te admirar, e por muitas vezes não desejar voce por perto.
É que vc me envergonha, me constrange. Vc até alegra de certa forma, diverte... mas quase sempre vc caminha para o exagero e eu não suporto isso! Busca o tempo todo atenção e admiração alheia e não enxerga limites.
Apesar de sua intensidade e ingenuidades pugentes, sua personalidade forte e extrema distancia as pessoas. Incrivel como não percebe o quanto é vazia, egoista, mimada e superficial. Sem objetivos vaga pela vida acreditando que um amor, uma pessoa seja capaz de te salvar de suas proprias armadilhas psiquicas.
Por vezes acho que posso te ajudar e tento te manter por perto para acertar alguns erros reincidentes em vc, mas sua teimosia me cansa. Nunca tem disposição, ânimo ou atitude... sempre se enconstando nos cantos, esperando pela misericordia de alguem...assim vc acaba sendo um peso pra mim. Por vezes penso que tudo que precisas é um pouco de apoio e carinho, mas parece que nunca são o suficiente e mesmo dando tudo que posso, quando me afasto vc desmorona novamente. Ninguém tolera por muito tempo tal dependência.
Queria que vc conquistasse seus objetivos sozinha, principalemente pra não ver essa revolta em seu olhar quando alguém falha ao tentar te ajudar... mas vc sequer sabe o que deseja da vida!
Um pedido de desculpas não seria sufientemente convincente senão viesse acompanhado de justificativas. Todas essas suas complicações me exaurem, me deixam sem força e confusa quanto ao que sinto e ao que vale a pena fazer para estar proxima a vc... se eh que vale a pena.
Tenho muito mais ambiçao na vida e sinto que vc me segura nomesmo lugar, quando não me joga pra baixo... sabe uma pedra no caminho>!
Imagino o quanto doloroso seja ler esta, mas acredite que falo de forma ternamente sincera. Tenho duvidas se consegues perceber o quão dramática e confusa é sua visão do mundo, afundando vc num pesadelo de problemas imaginarios... nao queria isso pra mim!
Me desculpe não ser a primeira a te estender o braço... por não ser a pessoa quem te admira e elogia a todo tempo... por nao ser a quem te incentiva insistentemente a potno de vencer seu eterno desanimo... se não sou eu quem admira sua imagem no espelho... se não sou suficientemente crente para alimentar em vc esperanças!
Sofro... sofro muito por nao poder fazer nada por vc, sendo que sou a maior responsável pela sua felicidade!
Queria que vc fosse mais alegre, mais persistente, mais ambiciosa e livre de medos... inteligente, jovial, corajosa, disciplinada, determinada. Engraçada, respeitável, admiravel... um pouco mais séria e culta. Até mesmo se vc não oscilasse tanto entre os dois extremos do viver, já pareceria uma pouco mais com uma pessoa de verdade!
Apesar das lágrimas em meus olhos, fica um pouco mais fácil dizer que vc é quase insignificante quando finjo que vc não sou eu! O mais cruel é que teremos de conviver até a morte, já que é impossível tirar vc de mim!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Cantinho do quarto escuro da vida.

É aqui que gosto de me encolher agachadinha, quando o mundo fica complicado pra mim. Ou eu pra ele. Quando abandano esse cantinho por algum tempo significa que as coisas estão bem, ao menos calmas, comigo... e isso é muuuito bom.
Sempre precisarei do escurinho silencioso, mesmo que por vezes o que eu queira na verdade é que alguém venha me procurar, me encontre e me coloque no colo. Esconder tem tantas funçoes nessa minha existência extremamente oscilante... Por horas apenas para silenciar, por outras chamar um pouco atençao e por muitas vezes apenas esquecer a própria existência... deixá-la esfriar e acalmar como um grande lado em tardes de inverno...

Hoje não quero ir fundo e correr o risco de me perder nos labirintos da minha alma... superficialidade é a salvação!